Celebração do Armísticio – I Guerra Mundial

No ano em que se celebra o Património Cultural Europeu, a Almada Mundo Associação, no âmbito da sua missão, e integrada numa equipa generosa, pretende resgatar as recordações dos portugueses na, e da, 1.ª Guerra Mundial, consciente da importância da memória, mesmo que dolorosa ou traumática, para a construção da identidade coletiva de uma comunidade, seja ela étnica ou religiosa, nacional ou familiar, procurando refletir sobre o passado, para compreender o presente e projetar o futuro.

O aprofundamento do conhecimento sobre nós e os outros torna-se, assim, fator estruturante do diálogo intercultural necessário a uma integração europeia baseada na cidadania e no reconhecimento da diferença, fazendo apelo aos valores da justiça e da paz.

Recordar a participação portuguesa na 1.ª Guerra Mundial, acontecimento que, pelas suas consequências, foi marcante na história contemporânea  nacional, faz  todo o sentido, no ano em que se evocam o centenário da Batalha de La Lys (9 de Abril de 1918) e a assinatura do armistício (11 de Novembro de 1918) que pôs termo ao conflito e possibilitou o regresso de milhares de soldados a casa.

Recuperar  memórias, refletir sobre o contexto da participação portuguesa na guerra e nas condições, ou falta delas, com que se partiu para a frente de batalha, é o objetivo das ações a desenvolver nas Jornadas de Educação, a decorrer de 9 de Abril a 12 de Novembro de 2018, numa perspetiva europeia. A comunicação, a partilha de ideias e experiências são  contributos significativos  para respeitar a memória, homenagear os combatentes, valorizar a Paz.

A delegação porrtuguesa da Almada Mundo Associação Internacional de Educação Formação e Inovação, constituida pelas professoras Adelaide Silva, Celina Busto, Guida Martins e Isabel Martins, deslocou-se a França, Ville Neuve d’Ascq, para celebrar o centenário da I Guerra Mundial, no âmbito da comemoração do Ano Europeu do Património Cultural.
 
A delegação portuguesa foi acolhida ao mais alto nível pelos representantes do poder local, o Presidente da Câmara Mr. Gérard Cofdron e Mr. Tricot, o representante dos combatentes da I Guerra Mundial 1914-1918.
 
A sua ação enquadrou-se num trabalho de pesquisa sobre a memória dos soldados portugueses na I Guerrab Mundial e na senda de José do Patrocínio Dias, soldado, capelão-chefe e, mais tarde, de regresso a Portugal, bispo de Beja.
 
Os portugueses foram responsáveis pela libertação d’ Ascq – região que evoluiu para Ville Neuve d’Ascq – território que tem sido, ao longo de dezassete anos parceiro de projetos com a cidade de Almada, no âmbito da cidadania social, educação para os media, educação para a paz, estando o seu presidente da Câmara e investigadores locais interessados em continuar a trabalhar em parceria com a comunidade educativa de Almada, em prol do dever de preservar a Memória e manter viva a Paz.